O carro que acompanhará o Diácono Luís no Dia a Dia - Versão 6.0

[Diácono Luís]

71.500 KMS

É verdade, esqueci-me de referir a passagem dos 70.000 kms.

Até agora sem problemas, com consumos moderados, e com as revisões a não atingirem os 100€, o ZOE está quase a atingir os 4 anos de vida, e com eles a primeira inspeção...

Aproveitando a ocasião vou vos descrever um percurso efeituado recentemente. Esta semana já carreguei 3 vezes, e com o arcondidionado ligado nos 18/20 graus, a autonomia ultrapassou sempre os 300 kms. Sempre andando dentro dos 90 kms./hora.

236,8 kms, efetuados + 86 kms. de autonomia restante = 322,8 kms. de autonomia total.
A Média é baixa pois carro, por causa do A/C, esteve parado com o motor ligado, o que torna ainda mais espetacular a média conseguida.


O consumo médio foi de 13,8 kWh/por 100 kms.

[Diácono Luís]

No seguimento do post anterior...

Ontem foi um dia com temperatura à volta dos 30 graus.

Circulou-se a uma velocidade de 90 Kms./hora, nunca superior, com exceção de uma outra ultrapassagem, com a preciosa ajuda do cruise control.

A média de 60 kms./hora demonstram a pouca utilização de cidade. Quem faz estes testes sabe que para conseguir essa média, com paragens, cruzamentos, e travessia de localidades... não é fácil.

Mas vamos às fotos:

Média - 60,5 Kms./hora
Distância percorrida - 262,9 kms.
Autonomia ainda disponível - 68 Kms.
Autonomia total com bateria carregada a 100% - 330,9 Kms.


Média de consumo obtido - 13,2 kWh

[Diácono Luís]

Muitas vezes sou questionado, quando o somatório dos valores em Kms (efetuados e autonomia disponível), se a bateria chegasse perto do fim... se se conseguiam mesmo os 300 kms.

Claro que quando tenho uma autonomia de 50 ou 60, ou prevejo uma viagem grande, tenho mesmo que carregar.

Acontece que há um par de dias atrás, proporcionou-se esgotar quase a bateria... e os resultados foram os que se demonstram:

Kms. efetuados - 303.3 Kms
Autonomia disponível - 23 Kms.
Bateria disponível - 4%
Média - 53,3 Kms./Hora

Consumo - 14 kWh

OBS.: O carro teve uns 10 minutos com o motor ligado para dispor de A/C. Este facto aumenta o consumo e reduziu a média.

[Diácono Luís]

Vamos desligar este BOTÃO?

Todos os carros hoje trazem um "botão" que supostamente se incrementa as performances...

No Renault Zoe não!!!

O botão Eco do Renault Zoe tem uma função contrária. Limita a potência tornando o carro mais económico, e consequentemente, com uma autonomia maior.

E quando se desliga o Botão?

Bem... literalmente entra "o Diabo" no motor. A potência aumenta significativamente...

Curioso é dizer que este motor é o menos potente que equipa o Zoe. Trata-se de um motor de 110 cv.. Existe uma versão com 135 cv., que ronda cerca de mais 20% de potência. Nem quero imaginar...

Assim, um destes dias vamos gastar uma carga de bateria com o ECO fora de serviço (desligado).

Aguardem...

[Diácono Luís]

Desligamos o "ECO"

Parte 1

O teste consistiu em fazer um troço de AE, com o carro programado no cruise control na velocidade de 140 kms./hora. Essa velocidade é o máximo que o carro proporciona, já que se encontra limitado a essa mesma velocidade.

O interesse era perceber quanto era o consumo.

Aqui pode ver-se a velocidade programada, a velocidade a que se circulava, e a média obtida no troço.


Já em desaceleração para a saída da AE (inclusivé com o "B" ligado) a média de consumo obtida foi de 28,2 kVh por cada 100 kms.
O mesmo é dizer que a essa velocidade o carro não chegará aos 200 kms. de autonomia.

[Diácono Luís]

Desligamos o "ECO"

Parte 2

Desta vez consumimos uma carga de bateria com a funcionalidade "ECO" desligada.

Indo directo ao resultado, é que, se se utilizar o carro dentro dos padrões que o "ECO" preconiza, os resultados em termos de economia são desprezíveis.

Então haverá alguma vantagem em desligar a funcionalidade "ECO", se se pretender andar numa potência (velocidade) que o "ECO" admite?

A resposta é: Há!

É que neste carro a diferença de comportamento do motor é de tal maneira notória, que o carro se torna muito mais agradável quando se precisa de uma potência moderadamente mais elevada, como por exemplo, entrar numa rotunda.

Excluo a vantagem nas ultrapassagens, pois essa já estava acautelada quando se conduz em modo "ECO", e se pressiona a fundo o acelerador (qual quick-dawn nas caixas automáticas).

Em conclusão fica mais agradável quando requere uma potência superior ao que "ECO" proporciona, mas que dispensa a potência máxima que o acelerador a fundo possibilita.

Claro que, se quem estiver a ler estas linhas não se souber conter (nem com a ajuda do cruise control), é melhor manter o "ECO" ligado...

Uma média de 58,6 Kms./hora... não é pisar ovos!
Uma autonomia de 312 kms é um resultado absolutamente normal, perto do bom.


Consumo de 14,1 kVh, também se pode considerar normal, perto do bom

[Diácono Luís]

Um "depósito" gasto em 5 horas

Nunca tinha acontecido gastar a carga da bateria nesse espaço de tempo!

Curioso foi o facto de nos primeiros 80 kms., com o "ECO" ligado, e ter ido o mais rápido que esse condição permite (*), já que estava atrasado.

Os kms. restantes foram feitos com cruise control a 90 kms./hora.

Andou-se pouco em cidade, mas fizeram-se alguns (muito poucos) kms. nessas condições.

(*) - Com o "ECO" ligado as velocidades conseguidas são as seguintes:

Caminho plano - +/- 100 kms./hora
Caminho a subir - +/- 90 kms./hora
Caminho a descer - +/- 110 kms./hora

Consumo obtido - 14,2 kWh


Velocidade média da viagem - 68,6 kms./hora
Distância percorrida - 285,2 Kms.
Autonomia restante - 6% de bateria a que corresponde 29 kms.
Autonomia Teórica - 314,2 Kms.

[Diácono Luís]

Um "depósito" gasto com "nó na garganta"

A história conta-se em poucas palavras...

Com a experiência que tenho decidi fazer uma viagem, em que presumia terminar justo, mas com uma reserva de 2%.

Mas a temperatura ambiente faz certos desvios nas previsões...

Mas passemos às fotos:

Com uma média de 55,5 Kms./hora, foram feitos 316,7 kms, tendo ainda 10 kms. de autonomia, mas com a percentagem de bateria a marcar "0%"!!!


Média obtida - 13,6 kWh/100 kms.


E quanto demorou a carregar?
Dado que segundo a informação disponibilizada no ID.5 (o Renault não dá essa informação), a wallbox carrega a 10 kWh, tal é coerente com o tempo de carga apresentado, 5 horas e 25 minutos, pois a bateria é de 52 Kwh.


Uma constatação curiosa

Com 80.000 Kms. feitos, quase sempre a carregar a 100%, a haver deterioração de bateria, ela é mínima (por acaso até gostava de saber).
O carro continua a fazer os Kms. que fazia em novo...

[Diácono Luís]

4 ANOS

+ de 80.000 Kms.

1ª IPO

Revisão Anual

O tempo passa depressa.

Há três anos e meio na minha mão, o Zoe passou com distinção, não tendo o mínimo problema, e tendo como único aspeto negativo o conforto dos bancos. Se a Renault fornecesse outros bancos como opcional, eles já lá estariam.

Seria um carro quase perfeito... porque a perfeição não existe.

O valor desta revisão (ultrapassou os 300€), foi algo elevado para aquilo que é custo habitual. Tal deveu-se à substituição da bateria, uma vez que o fabricante passou a mandar efectuar essa substituição aos 4 anos. Falaremos adiante sobre isso, mas parece estarmos sobre um caso de "obselência programada", tão do agrado das oficinas, que neste caso também é mudado anualmente o óleo de travões. Se num elétrico, os travões se usam pouco (o carro é possuidor de 4 travões de disco) até hoje mantêm as pastilhas de travão de origem, parece-me exagerado a substituição anual do óleo de travões.

Quanto às restantes substituições (filtros, etc.), nada a opor.

Cabe lembrar que o carro está a coberto da garantia até aos 5 anos ou 100.000 Kms.

A revisão teve três pontos (verde, amarelo e vermelho), que convém referir...

VERDE

A substituição de elguns elementos da suspensão dianteira que não estavam em condições. Operação feita a coberto da garantia, que só favorece a fidelização à marca.

Amarelo

A Substituição da bateria é algo que me parece exagerado, não fosse a preocupação de aumentar a rentabilidade das assistências oficiais. Qual a razão porque são 4 anos e não são 3 ou 5?
Se o carro, neste caso, é vendido com 5 anos de garantia, é suposto que a bateria dure esse tempo (ou em caso de necessidade seja substituída ao abrigo da garantia). Há cerca de 1 ano um VW que eu tenho foi substituída a bateria em garantia e o carro tinha 4 anos.
Por outro lado, se existe um aviso, que aparece no painel de instrumentos, para substituir a bateria (pilha) do comando de abertura/fecho das portas, não me pareceria descabido que outro aviso aparecesse em caso de ser detetado um abaixamento anormal de carga da bateria, que recomendasse a sua substituição.
Por isso...

Vermelho

Já há um ano acusei alguns ruídos que me chegam através do volante (direcção).

Voltei a falar no assunto. Foram substituidas peças, mas o barulho manteve-se.

Pedi para ser contactado pelo chefe de oficina, e até hoje tenho estado à espera "sentado"...

É de facto pena, pois tem tudo corrido bem nestes anos...

[Diácono Luís]

Trocar o Zoe?

Por um Renault 5 e-tech?

A MINHA OPINIÃO

Decorridos 4 anos de uso e uma satisfação muito positiva (quase completa, diria), não podemos deixar de pensar nas alternativas.

E se me sinto bem no produto Renault (comparado com outros que possuo), e tendo aparecido o Renault 5, nada mais natural.

Foi proporcionado um test drive do Renault 5, onde apreciei o seu ambiente mais "jovem", provando que os designer's há 40 anos, ainda hoje com as devidas adaptações, estão actuais.

No test drive notei uns travões extremamente potentes, melhores que os do ZOE que já de si eram excelentes. Uma falta de espaço para os passageiros de atrás, e uma capacidade de bagageira que penso ser inferior à do ZOE.

De realçar o som do bater da porta do condutor ao fechar. Deixou o "som de lata", para ter um som... digamos.. mais Alemão!

O facto de dispor de carregamentos rápidos, já lhe proporciona uma liberdade que o ZOE não tem.

A tampa do compartimento do motor deixou de ter as molas-amortecedor, para passar a ter a velhinha vareta metálica, que tem a vantagem de nunca avariar, embora creio que a razão que existe tem a ver com a economia de produção.

A economia de produção levanta sempre o problema de "onde que se poupou que nós não vemos". É que a poupança muitas vezes afecta a qualidade dos componentes! Até que ponto o motor é fiável? Até que ponto a qualidade da bateria de tracção é boa? Isto tudo sempre pensando no ZOE que está testado longamente. Só o saberemos depois...

Entretanto foi publicado um teste comparativo por um canal Espanhol, que levanta uma questão que me preocupou... Os consumos!

O ZOE é um carro extremamente económico, e eu consigo ter autonomias sempre a rondar os 300 kms. (algumas vezes mais, outras vezes menos). Se essa premissa se alterar é de facto um problema...

Convido-os a ver o vídeo, socorrendo-se eventualmente da activação de legendas. Os consumos são indicados aos 20:45.

Link de acesso ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=iP-9R3Ctd7E

Atualização em 08/03/2025

Confirma-se que os consumos são elevados. O teste que segue faz um teste em Autoestrada. resultado de 21,4 kWh (autonomia estimada de 228 kms para uma carga completa - um desastre quando comparado com o ZOE). São consumos muito elevados para e dimensão do carro (quase ao nível do ID.5)... Ver o vídeo (o teste começa aos 7:00).

https://www.youtube.com/watch?v=Jxm2Fhfly8I

Um exemplo casual dos consumos do ZOE

Em 411 kms., o consumo foi de 14.1 kVh.
A velocidade média foi de 55,4 kms/hora

Conclusão:

O Renault ZOE é um produto que decerto deixará muitas saudades aos seus utilizadores... Ainda que possa soar estranho, direi que vai ser difícil criar um carro que proporcione o grau de satisfação que o ZOE exibiu.